O sapinho, ensimesmado
Na lagoa, meditava
Com o coração aflito
Da sapinha, recordava
Lembrava da triste briga
Por causa da cinta-liga
Que a sapinha desejava
Movido pelo ciúme
O sapinho a criticava
Dizia que a cinta-liga
Nela, não "lhe assentava"
Que ela emagrecesse
E que não se aborrecesse
Pois ele não s'importava
A sapinha caiu tristonha
Pois era mui vaidosa
E para instigar o sapo
Se vestiu de cor-de-rosa
Pôs uma flor no cabelo
Se arumou com muito zelo
_Foi pra rua, toda prosa.
Ele viu que aquela briga
Tinha mesmo que acabar
Pois lhe deu uma vontade
Muito louca, de dançar
Agarrou-se à sapinha
Pela sua cinturinha
E sairam a requebrar
Foi assim, que uma rosa
Perfumada e linda flor
Que enfeitava a sapinha
Deu um fim ao dissabor
E envolveu os dois amantes
Na magia, por instantes
Do fogo mágico do amor...
_ Que exalava um doce olor!
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